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11 junho 2011

A CONQUISTA DO OESTE AMERICANO E O CINEMA

Caros alunos do nono ano, iniciamos o conteúdo sobre a “América desenvolvida” enfatizando os Estados Unidos. Muitas novidades nos esperam ao longo do bimestre, e a primeira delas fala sobre a “Conquista do Oeste”, que começamos a estudar nessa semana.
Desde a proliferação do cinema como cultura de massas, ao final da primeira metade do Século XX, o público do mundo inteiro aclamou o faroeste como seu gênero preferido.
Todos iam às salas de cinema em busca de grandes aventuras. Mesmo que o enredo mudasse de um filme para outro, o local onde se desenvolviam as estórias eram os mesmos – terras áridas, ermas, de difícil acesso -, com personagens desempenhando quase sempre as mesmas funções: o xerife, o bandido, o mocinho, os índios, o dono do bar da cidade, as gangues de ladrões que assolavam as cidades desguarnecidas, o ferreiro e o pastor.
Mas qual era o contexto social onde se inseriam todos esses personagens? Que período da História norte-america continha o faroeste? Será que era assim, como nos filmes?
O termo “faroeste” é a forma aportuguesada de farwest, que é a simples justaposição das palavras far ( longe, distante ) e West ( oeste ). O Oeste americano era toda a terra localizada a ocidente dos territórios das antigas treze colônias inglesas, que ficavam na costa atlântica da América do Norte, logo, a leste.
as treze colônias inglesas
Após a independência estadunidense, em 1776, o Governo incentivou os cidadãos para que realizassem a “Marcha para o Oeste”, na tentativa de expandir os territórios exíguos do litoral atlântico. A recompensa para tal aventura era a posse terras para quem as ocupasse. Como não havia polícia ou forças militares no interior, eram os próprios desbravadores que faziam a segurança de suas terras; lutavam contra os indígenas, que já ocupavam aquelas terras havia milênios, e construíam as cidades. A Lei também costumava ser aplicada de forma particular em cada localidade. Os objetivos principais do Governo eram descobrir jazidas minerais, como ouro e prata; aumentar o território e ocupar regiões de colonização francesa ou espanhola.
No cinema, a imagem do homem do antigo oeste americano era de um ser viril, autômato e fiel aos seus princípios: a sociedade se dividia entre justos e saqueadores. Na verdade, o que promoveram os americanos do extremo oeste foi uma guerra contra as diversas tribos indígenas que habitavam a América do Norte central e ocidental. Pouco do que se via nas telonas correspondia à realidade.
Em comparação ao Brasil, a ocupação das terras interioranas, nos Estados Unidos, foi mais democrática, já que, quem as ocupasse, ficaria com elas. Já no Brasil, houve uma política de doação de grandes glebas, o que veio a gerar a enorme concentração de terra em nosso país.
Mesmo que violenta, a ocupação do Oeste foi mais meritocrática que no Brasil, onde os mais ricos e influentes possuem a maior parte das terras até os dias de hoje.
Por Prof. Vitor Gouveia

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